junho 2019

2º Simpósio Brasileiro Interdisciplinar sobre Fibrose Cística

Categoria: Central de Conteúdo – Postado por: Comunicação IUPV – Data: 06 de julho de 2021

O 2º Simpósio Brasileiro Interdisciplinar sobre Fibrose Cística acontece nos dias 6 e 7 de agosto e já está com inscrições abertas em eventos.congresse.me/simposiofc2021. Dra Paola Ugalde, advogada que atua na área de Direito da Saúde há mais de 20 anos, estará no painel Políticas públicas: responsabilidade de todos nós.

Conversamos com ela sobre as expectativas para o painel, que também terá  a participação da epidemiologista Fabiana Raynal Floriano e mediação da fundadora e diretora executiva do Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística, Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira.

Como foi seu primeiro contato com a fibrose cística e como isso impactou sua vida profissional?

Meu primeiro contato com a doença aconteceu há 20 anos, quando conheci o Sérgio Sampaio, presidente da Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (ABRAM). Naquela época ele costumava vir até a cidade de Porto Alegre/RS para reuniões perante ao Ministério Público da Infância e Juventude ao lado da Associação de Apoio a Portadores de Mucoviscidose do Rio Grande do Sul (AMUCORS) e da Associação Gaúcha de Assistência à Mucoviscidose (AGAM). Naquela oportunidade lutamos para que o Estado do Rio Grande do Sul fornecesse todos os medicamentos necessários para o tratamento da fibrose cística e fui convidada pelo Sérgio para participar dessas reuniões, sempre visando o aspecto jurídico e auxiliando no que fosse necessário. Posteriormente conheci a Elisabeth Backes, presidente da AMUCORS, que me chamou para ser voluntária da associação. Aceitei na hora, me apaixonei pela causa e estou até hoje trabalhando por ela.

O que as pessoas podem esperar da sua participação no 2º Simpósio Brasileiro Interdisciplinar sobre Fibrose Cística? Compartilhe conosco um pouco sobre o que vai trazer durante a sua apresentação.

“Ciência, Políticas Públicas e Protagonismo” é um tema desafiador, complexo, mas de extrema importância quando falamos sobre políticas públicas em saúde. Por isso, vou abordar o papel das associações e de todos nós, que estamos comprometidos com a fibrose cística, na reivindicação de direitos sociais, no cumprimento e execução de políticas públicas e na defesa deste espaço. Vamos falar sobre os mecanismos para fiscalizar e defender o direito aos serviços de saúde e tratamento adequado diante da complexidade de demandas e da necessidade de incorporação de novas tecnologias. Acredito na importância desse evento pois, por meio da união de todos, podemos multiplicar e dar voz ao princípio fundamental do direito à saúde nas políticas públicas.

A temática do Simpósio este ano é “Ciência, Política Pública e Protagonismo”. Para você, por que é importante que toda a comunidade da fibrose cística do Brasil – incluindo profissionais da saúde, estudantes, pacientes, familiares e associações – discutam e saibam mais sobre esses temas?

Tenho certeza que essa temática será de extrema relevância para todos e fundamental para que possamos contribuir para o entendimento sobre a importância das políticas públicas e das práticas reivindicatórias com a participação de toda a comunidade da fibrose cística. Acredito que com a união de todos podemos reivindicar juntos, e com mais força, ações para melhorias dos direitos das pessoas diagnosticadas com a doença perante as instituições governamentais.

Inscreva-se!

O 2º Simpósio Brasileiro Interdisciplinar sobre Fibrose Cística é uma realização do Unidos pela Vida – Instituto Brasileiro de Atenção à Fibrose Cística com patrocínio de Omron e Abbott e parceria da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), do Grupo Brasileiro de Estudos de Fibrose Cística (GBEFC) e da Associação Brasileira de Assistência à Mucoviscidose (ABRAM)Acesse eventos.congresse.me/simposiofc2021 e garanta a sua vaga.

Nota importante: As informações aqui contidas tem cunho estritamente educacional. Em hipótese alguma pretendem substituir a consulta médica, a realização de exames e ou, o tratamento médico. Em caso de dúvidas fale com seu médico, ele poderá esclarecer todas as suas perguntas.

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Medicamentos no SUS

Essa foi a pauta da Comissão de Saúde e Meio Ambiente

Por Redação em 11 de Setembro de 2020

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente ouviu durante sua reunião ordinária de trabalho, representantes da Associação de Apoio a Portadores de Mucoviscosidade do Rio Grande do Sul (AMUCORS). Convidadas pela deputada Franciane Bayer (PSB), a presidente da entidade, Elisabeth Maria Backes, e Paola Ugalde explicaram o que é a doença, quais os tratamentos disponíveis e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes no estado e pediram apoio para a inclusão de medicamentos na lista daqueles fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Pacientes de fibrose cística pedem apoio para inclusão de medicamentos na lista do SUS

Marinella Peruzzo – MTE 8764 | Agência de Notícias – 11:34 – 09/09/2020 – Foto: Reprodução / ALRS

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente ouviu, na manhã desta quarta-feira (9), durante sua reunião ordinária de trabalho, representantes da Associação de Apoio a Portadores de Mucoviscosidade do Rio Grande do Sul (Amucors). Convidadas pela deputada Franciane Bayer (PSB), a presidente da entidade, Elisabeth Maria Backes, e Paola Ugalde explicaram o que é a doença, quais os tratamentos disponíveis e as dificuldades enfrentadas pelos pacientes no estado e pediram apoio para a inclusão de medicamentos na lista daqueles fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Ao término da exposição, a presidente da Comissão, deputada Zilá Breitenbach (PSDB), comunicou que o órgão encaminhará ofício ao Ministério da Saúde em apoio ao pleito.

Paola Ugalde contou que a Associação está localizada na cidade de Novo Hamburgo e atende a familiares e pacientes de todo o estado. Explicou que se trata de uma doença genética, que não tem cura e para a qual a média de vida no Brasil é de 30 anos. Disse que, com o avanço da doença, os pacientes sofrem danos nos pulmões, diarreia crônica e desnutrição, entre outros problemas, tendo sua qualidade de vida bastante prejudicada.

Conforme Paola, na jornada empreendida pelos familiares ao longo dos anos, obteve-se a inclusão de três medicamentos entre aqueles fornecidos pelo SUS. Segundo ela, os remédios não interrompem a avanço da doença, sendo todos paliativos, e, em determinado ponto, a única alternativa é o transplante pulmonar. Disse que para isso o paciente precisa estar estável, o que se obtém por meio dessas medicações.

Segundo ela, dois medicamentos já aprovados pela Anvisa e que vêm sendo utilizados há mais de seis anos em outros países trouxe muita esperança aos doentes, o Orkambi e o Kalydeco, no entanto eles foram vetados pelo alto custo. Ela argumenta, porém, que se contabilizados todos os gastos de um paciente da doença ao longo dos anos, incluindo internações, transplante e tratamentos anti-rejeição, esse entendimento seria outro.

A presidente da entidade, Elisabeth Backes, observou que falar de fibrose cística significa relatar o árduo caminho dos pacientes e que quando conquistaram o acesso aos primeiros medicamentos acreditaram que talvez seus filhos não morressem mais prematuramente, porém logo descobriram que eles ofereciam mais qualidade de vida, mas não impediam o avanço da doença.

Ordem do Dia
Antes dos relatos, os deputados aprovaram a realização de três audiências públicas que constavam na Ordem do Dia para serem apreciadas. A primeira delas, proposta pela deputada Franciane Bayer, debaterá a importância dos testes genéticos no diagnóstico e tratamento do câncer de mama. As outras duas, propostas pela deputada Zilá Breitenbach para serem realizadas de forma conjunta com a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, tratarão de ações para a boa gestão das águas no âmbito dos comitês das bacias hidrográficas do Rio Passo Fundo e do Rio da Várzea e da bacia hidrográfica do Taquari-Antas.

O PL 143/2019, do deputado Dr. Thiago Duarte (DEM), que dispõe sobre o planejamento familiar no Estado, com parecer favorável da deputada Silvana Covatti (PP), teve sua apreciação adiada em razão de pedido de vista do deputado Edegar Pretto (PT).

Covid-19
Os deputados, durante a reunião, também abordaram a questão da pandemia da Covid-19. Para o deputado Valdeci Oliveira (PT), a discussão ainda se fazia muito necessária, uma vez que mais de 40 pessoas morriam da doença por dia no estado, tendo se atingido a marca de mais de 4 mil mortos, número maior do que todas as mortes no Uruguai. “Não dá para achar que está tudo normal”, defendeu. Ele criticou decisão de retomada das aulas diante desse quadro, assim como a proposta de reforma tributária do governo estadual, que eleva o preço da cesta básica de medicamentos e de alimentação.

Também a deputada Zilá Breitenbach manifestou preocupação com a doença e ponderou sobre o comportamento da população no momento.

Já o deputado Dr. Thiago voltou a fazer críticas à administração municipal de Porto Alegre. Relatando visitas recentes aos hospitais Beneficência Portuguesa, Clínicas e Álvaro Alvim, disse ter ficado perplexo com o que viu. Segundo ele, o Beneficência Portuguesa possui 19 leitos equipados que não estão sendo utilizados, além de 150 leitos de retaguarda. Disse que teria havido manifestação no sentido de o Estado comprar dez desses leitos e que gostaria de ouvir a Secretaria Estadual da Saúde sobre esse ponto. Quanto à Secretaria Municipal de Saúde, disse que mais uma vez ela havia negado a necessidade dos leitos.

Contou que, no Hospital Álvaro Alvim, ficou novamente estarrecido, porque há 60 leitos de enfermaria prontos para serem utilizados, em dois andares, com possibilidade de ampliação para 100 leitos, e, conforme a direção do estabelecimento, o local seria desativado e entregue à União. “Teremos mais um hospital fechado em Porto Alegre”, criticou. Segundo o parlamentar, não se pode aceitar que a cidade continue na bandeira vermelha por falta de leitos e, ao mesmo tempo, abra mão de hospitais como esses.

Próximas atividades
Está programado para amanhã (10), às 14 horas, o seminário “Caminhos da sustentabilidade – a destinação dos resíduos sólidos no RS”, durante o qual será lançado o documentário “Cidades do Lixo”, produzido pelo gabinete do deputado Gabriel Souza (MDB), que foi relator da Subcomissão de Aterros Sanitários no Rio Grande do Sul, vinculada à Comissão de Saúde e Meio Ambiente. O encontro será no formato híbrido, com a participação de convidados de forma presencial, no Teatro Dante Barone, e virtual.

Já no dia 16 de setembro, por solicitação do deputado Issur Koch (PP), deverá ser ouvida, em Assuntos Gerais, a mentora, diretora-presidente e responsável técnica do Projeto do Centro de Atenção Urbana à Dependência Química (Caudeq), Rosângela Scurssel, que falará sobre encaminhamento a comunidades terapêuticas diante da pandemia da Covid-19.

© Agência de Notícias
Reprodução autorizada mediante citação da Agência de Notícias ALRS.

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